Retomada lenta da economia e projeção baixa de crescimento deixam MEIs e donos de pequenos negócios mais receosos e rigorosos com dinheiro

Efeitos do pós-crise continuam a afetar o dia a dia dos brasileiros, com a diminuição do poder de consumo, menor acesso a crédito, inflação e recuperação lenta de postos de trabalho.

Mesmo em um cenário de retomada lenta da economia, após a crise econômica entre os anos de 2015 e 2016 - a pior desde os anos 90 e que ocasionou o fechamento de milhares de postos de trabalho, a figura jurídica do MEI (Microempreendedor Individual) continuou avançando e,
hoje, os microempreendedores já são 6,8 milhões em todo o país.
 
Efeitos do pós-crise continuam a afetar o dia a dia dos brasileiros, com a diminuição do poder de consumo, menor acesso a crédito, inflação e recuperação lenta de postos de trabalho.
 
Dados divulgados mostram que, em janeiro, o Brasil criou 77.822 mil novas vagas formais de trabalho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado é o melhor para o período desde 2012, e é a primeira vez desde 2014 que as
contratações superam as demissões. Ainda assim, em dezembro a economia brasileira perdeu 328,5 mil vagas de empregos formais – pior desempenho do mercado de trabalho formal em todo o ano de 2017, que terminou com a baixa de 28,8 mil postos com carteira assinada.
 
Essa situação de retomada vagarosa da economia influencia a percepção de muitos microempreendedores e donos de pequenos negócios Brasil afora, que seguem receosos e mais austeros quando o assunto é dinheiro e investimento, segundo Vinícius Nóbrega, coordenador de atendimento do Sebrae Ribeirão Preto.
 
“De modo geral, eles ainda se mostram um pouco desconfiados com a questão econômica. Existe também uma insegurança política por conta da proximidade das eleições. Estão bastante prudentes, avaliando mais os riscos”, afirma.
 
Por outro lado, segundo o coordenador, a crise deixou como ensinamento que é preciso mais consciência sobre os gastos, planejamento estratégico e diminuir custos desnecessários.
 
Nóbrega explica que se trata de observações sobre o dia a dia, atendimentos realizados a MEIs e microempresários, além do feedback que as equipes têm com donos de MEs e EPPs.
 
Nóbrega diz que o acesso a crédito segue difícil para o microempreendedor e as taxas de juros dos bancos estão longe de ser atrativas, o que impacta diretamente no poder de consumo em geral. “São fatores que fazem com que o pequeno empresário não sinta essa recuperação tão
efetiva no próprio negócio”, explica.
 
Dos 6,8 milhões de MEIs no Brasil, 1,7 milhão está no Estado de São Paulo. Até janeiro de 2018, Ribeirão Preto já tinha cerca de 36 mil MEIs, o que significa um aumento de 67,83% no número de microempreendedores de 2014 até os dias atuais.
 
De acordo com Nóbrega, apesar do aumento no número de MEIs e popularização desse tipo de figura jurídica, microempreendedores ainda são, em grande parte, desinformados e bastante negligentes com o próprio regime no qual são enquadrados e com as responsabilidades financeiras.
 
Segundo dados da Receita Federal, no País, a média de inadimplência dos microempreendedores individuais passou dos 50%. “É muito mais comum a procura de MEIs para regularizar alguma situação, especialmente mais recentemente, que a Receita passou a cancelar alguns CNPJs por conta de inadimplência, do que para buscar orientação de gestão do negócio e participação em oficinas. Já donos de pequenos negócios nos procuram mais com o foco em gestão”, diz.
 
Recentemente, o Sebrae realizou a Semana do MEI com cursos, palestras,oficinas e consultoria sobre formalização e capacitação. São estratégias oferecidas que ajudam o microempreendedor a desenvolver e a gerir melhor o próprio negócio, a olhar de maneira mais profissional a própria atividade. Resultados de pesquisas recentes do perfil MEI mostraram que 31% dos empreendedores afirmaram ter dificuldade para conquistar o cliente e 25% dos que fecharam o negócio relataram não ter lucro.
 
Projeção econômica
 
 
Após a greve de caminhoneiros, o mercado financeiro reduziu a projeção para o crescimento da economia e aumento a estimativa de inflação. Segundo previsões do Boletim Focus para 2018, divulgadas no dia 4 de junho, pelo Banco Central, o PIB caiu de 2,37% para 2,18% (quinta
redução seguida); inflação subiu de 3,6% para 3,65%; dólar subiu de R$ 3,48 para R$ 3,50 e taxa de juros subiu de 6,25% para 6,5%
 
Para 2019, o mercado manteve a projeção de crescimento de 3% sobre a soma de todas as riquezas produzidas no País pela 13ª semana consecutiva.

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